Esta nota tem como objetivo sermos transparentes em relação às contas do Sindicato dos Fazendários do Estado do Rio de Janeiro durante nossa gestão. Com este intuito, cremos ser necessário apresentarmos o aspecto financeiro encontrado no período de 12 meses, e que culmina com o último mês antes das eleições vencidas pelo grupo REFAZENDO.
Se não tivéssemos compromisso com nossos sindicalizados, e não fôssemos pautados pela honestidade e transparência, aceitaríamos sem pestanejar o que nos foi apresentado e ficaríamos entre nós reclamando do que encontramos. Não seria justo com vocês que a cada mês veem sendo retirado de seus contracheques a quantia de cinquenta reais e depositam naqueles que ocupam a diretoria do nosso sindicato a esperança e fé de que estão lutando por nossos direitos.
Não somos da turma que acha que as despesas do Sindicato podem com tranquilidade serem pagas se retirando do montante que temos aplicado. Funcionários da Secretaria de Fazenda sabemos muito bem o que leva o desequilíbrio entre Despesas e Receitas. Os anos de 2016 e 2017 ainda estão bem vivos em nossas mentes para lembrarmos o resultado de uma política financeira que não está nem aí para as despesas. É desonesto dizer que se a despesa corrente mensal ultrapassa a receita houve um desequilíbrio e errado está lançarmos mão daquilo que por anos economizamos para dívidas mais coerentes?
Foi esta situação que encontramos: recorrente desequilíbrio entre Receitas e Despesas, além de pagamentos no mínimo bizarros.
Conforme quadro demonstrativo abaixo, resumo das receitas e despesas correntes e elaborado a partir do apurado na contabilidade, podemos chegar a duas sérias constatações: a primeira se refere ao alto e inexplicável valor da reforma do Sindicato que chegou a ultrapassar em quase duas vezes o preço da sala conforme pode se constatar no anúncio de venda que consta na Portaria do prédio.
A segunda constatação é de que no período de doze meses em apenas quatro houve excedente de receita; nos oito meses restantes as despesas ultrapassaram o que foi recolhido, e em alguns casos, em uma cifra muito acima, como nos meses de janeiro, junho e agosto, R$ 27.167,09, RS$ 14.884,66 e R$ 33.169,59 respectivamente. Em doze meses houve um déficit de R$ 86.491,61.
Anexo I
QUADRO DEMONSTRATIVO DE RECEITA E DESPESA DO SINFAZERJ DOS ÚLTIMOS 12 MESES
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2020 |
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MÊS | RECEITA | DESPESA | SALDO |
OUTUBRO | 38.103,32 | 34.388,59 | 3.714,73 |
NOVEMBRO | 37.934,27 | 47.881,01 | -9.946,74 |
DEZEMBRO | 40.686,64 | 45.930,26 | -5.243,62 |
2021 |
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JANEIRO | 6.316,36 | 33.483,45 | -27.167,09 |
FEVEREIRO | 70.740,10 | 47.387,10 | 23.353,00 |
MARÇO | 37.657,31 | 45.753,47 | -8.096,16 |
ABRIL | 37.708,84 | 37.561,07 | 147,77 |
MAIO | 38.004,25 | 40.712,49 | -2.708,24 |
JUNHO | 38.074,29 | 52.958,95 | -14.884,66 |
JULHO | 37.519,84 | 50.033,20 | -12.513,36 |
AGOSTO | 38.202,81 | 71.372,40 | -33.169,59 |
SETEMBRO | 37.218,42 | 37.196,08 | 22,34 |
TOTAL | 458.166,45 | 544.658,07 | -86.491,62 |
Em vermelho os saldos negativos |
Anexo II
QUADRO DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM OBRAS DAS SALAS |
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PROJETO DA OBRA | 10.248,00 |
MÃO-DE-OBRA | 120.891,00 |
APARELHO DE AR-CONDICIONADO | 6.406,00 |
INSTALAÇÃO DE AR-CONDICIONADO | 3.125,00 |
ESQUADRIAS | 15.860,00 |
CERÂMICAS | 12.900,00 |
MÓVEIS | 13.494,00 |
MARCENARIA COPA | 6.686,00 |
MARCENARIA DE TV | 6.380,00 |
PROJETO DECORATIVO | 3.500,00 |
PERSIANA | 2.316,00 |
QUADROS | 4.630,00 |
COMPRAS TOK STOK | 684,40 |
PLACA DE ACRÍLICO | 650,00 |
PLANTA ORNAMENTAL | 290,00 |
ITENS BANHEIRO | 500,50 |
LIXEIRAS | 169,98 |
EXTINTORES | 790,00 |
OUTROS | 2.127,66 |
TOTAL | 211.646,54 |